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Swap pretende fornecer liquidez em momentos de necessidade Crédito: Ken Ishii - POOL - AFP |
Nomes dos
Alunos: Vitor Paiva, Yuri Felipe, Lucas Pereira, Deonedes Trigoli
Em: 12/05/2025
Com o objetivo de fornecer mais liquidez ao mercado
financeiro em momentos de necessidade, o Banco Central do Brasil (BC) e o Banco
Popular da China (PBoC) irão assinar nesta terça-feira (13) um acordo de swap (troca)
de moedas. O presidente do BC, Gabriel Galípolo, e sua
contraparte chinesa, Pan Gongsheng, assinarão o documento em Pequim.
Conforme resolução do Conselho
Monetário Nacional (CMN), o valor em aberto das operações não poderá
ultrapassar R$ 157 bilhões, e elas terão validade de cinco anos. O
Banco Popular da China receberá reais, creditando o valor equivalente à moeda
brasileira em dólares numa conta de especial de depósito aberta em seu nome no
Banco Central brasileiro. O dinheiro só poderá ser movimentado conforme as
determinações do acordo.
Para garantir o equilíbrio
econômico-financeiro das obrigações, o BC observará as taxas de câmbio
relativas às duas moedas, cobradas nos mercados cambiais nacional e
internacional, assim como os juros e os prêmios de riscos das obrigações
soberanas (como taxas de títulos públicos) nos mercados financeiros doméstico e
global.
Iniciativas semelhantes
Em nota, o BC ressaltou que
pretende firmar mais acordos do tipo com outros países.
“Esses acordos de swap de moedas têm se tornado
comuns entre os bancos centrais, especialmente desde a crise de 2007. O BC já
tem conversas com outros bancos centrais para a realização de acordos
semelhantes ao que será assinado com o PBoC amanhã”, informou o BC em nota.
Segundo o BC, o Banco Popular
da China tem 40 acordos semelhantes de swaps de moedas com
autoridades monetárias de países como Canadá, Chile, África do Sul, Japão,
Reino Unido, assim como com o Banco Central Europeu.
O BC tem um acordo semelhante
com o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano). Chamado de Foreign
and International Monetary Authorities Repo Facility (FIMA, na sigla
em inglês), esse acordo dá a possibilidade de o BC brasileiro acessar dólares
americanos oferecendo operações compromissadas (títulos públicos usados para
regular a quantidade de dinheiro em circulação da economia. Em troca, o BC
recebe títulos do Tesouro norte-americano como contrapartidas.
Agenda
Galípolo acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva na viagem ao país asiático. Além de assinar
o acordo de swap nesta terça, o presidente do BC deve
participar de um seminário sobre títulos públicos internacionais da China,
chamados de Panda Bonds, na quinta-feira (15).
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